domingo, 27 de setembro de 2009

Instituto Inhotim

Dentro de uma reserva natural de mata tropical, o Instituto Inhotim é incrivelmente acolhedor e instigante.

Com algumas sugestões de Burle Marx, a enorme variedade de plantas do jardim o torna um das maiores coleções botânicas do mundo com espécies tropicais raras .









The Mahogany Pavillion (Mobile Architecture nº 1) - Veleiro "loch long" invertido nº 73 construido em 1963 pela Boags Boat Yard na Escócia usando mogno sul-americano








Simon Starling nasceu em 1967 em Epsom, Inglaterra. Vive atualmente entre Glasgow, Escócia e Berlim. Utiliza-se em suas obras o conceito de arte conceitual que defende a superioridade das idéias transmitidas pela obra, a idéia ou conceito é o mais importante. Segundo Sol LeWitt: "Quando um artista usa uma forma conceitual de arte, significa que todo o planejamento e decisões são tomadas antecipadamente, sendo a execução um assunto secundário. A idéia torna-se na máquina que origina a arte."



Em "The Mahogany Pavillion", "O Pavilhão de Mogno", há uma ironia, pois uma matéria que sai do Brasil para se tornar um barco, volte a habitar sua terra natal se integrando de maneira totalmente inusita ao ambiente. O veleiro fabricado na Inglaterra foi feito de mogno oriundo do Brasil.





domingo, 20 de setembro de 2009

Espaço Oi Futuro



Um lugar que vale a pena separar uma tarde inteira ou mais! São 30 espaços, com mais de 8 horas de audio visual!

O museu possui um acervo de multimídia ao lado de objetos que fizeram a história das telecomunicações no Brasil e no Mundo com peças únicas com registro de todas as épocas e recursos usados historicamente nas comunicações – do pombo correio ao celular.

Os espaços são bem interativos e você escolhe o que quer ouvir ou ver.



Localização: Av. Afonso Pena, 4001, Térreo, Mangabeiras

Contato: (31) 3229-3131

Horário de Funcionamento: Terça a domingo de 11:00 às 17:00

Entrada Franca - Classificação Livre



Casa do Baile II

O novo panorama foi elaborado em grupo. O nosso grupo foi composto por Eduardo Magalhães, Victor Cunha e eu. Todos concordaram em usar cores vivas e que realçassem os contornos da Casa do Baile. Nos encontramos bem cedo no sábado (12/09/2009) para aproveitar a luminosidade do início da manhã. E a manhã estava linda! Munidos de tripé de muita disposição começamos a fotografar.

Panorama do Eduardo Magalhães
(http://arq-eduargomagalhaes.blogspot.com/)
Eduardo procurou enfatizar as curvas da arquitetura de Niemeyer e do paisagismo de Burle Marx, usando cores contrastantes e o efeito de desenho. O resultado deixou bem marcada a marquise

Panorama do Victor Cunha
(http://victorcunhaarq.blogspot.com/)
Victor deu um tom retrô em seu panorama inserindo imagens da década de 40 e 50. Com a imagem em preto e branco e usando tonalidades de verde, lilás e roxo para a vegetação, o efeito final foi delicado e agradável.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Objeto Físico - A mão do arquiteto
















A proposta do objeto físico era criar um elemento tridimensional baseado na leitura do livro Lições de Arquitetura, de Herman Hertzberger.

Em seu livro, Hertzberger levanta a questão se nosso output de idéitas pode ser maior que o input, e deixa subtendido que devemos enriquecer o máximo o possível nosso repertório de conceitos e imagens mentais. Lembrou-me das aulas de fotografia com David Aguilar que me orientava que boas fotos poderiam se tiradas a partir do momento que eu visse muitas fotos, admirasse, conhecesse o trabalho de vários fotógrafos e sua criatividade. Assim, não devemos ocultar nossas fontes de inspiração, mas sim revelarmos aquilo que nos motivou.
À partir da definição de público e de privado, o autor procura contextualizar a arquitetura e suas influências no comportamento humano.

“...público é uma área acessível a todos a qualquer momento; a responsabilidade por sua manutenção é assumida coletivamente. Privado é uma área cujo acesso é determinado por um pequeno grupo ou por uma pessoa, que tem a responsabilidade de mantê-la.” (p. 12)

Porém, para Hertzberger, essa definição gerou uma suposta oposição entre o geral e o específico que vem denunciar a degradação das relações humanas básicas. Coletividade e individualidade se tornaram posições extremamente antagônicas, porém a arquitetura se situa entre esses dois extremos. Ela se situa na relação do indivíduo com a coletividade e vice-versa.

O homem ao ser lançado nesse mundo se sente desamparado e procura bases seguras na coletividade, porém sociedade se encontra em uma situação de “desamparo cósmico”. Assim, em sua ânsia por aconchego, o ser humano perde a si próprio, alienando-se no coletivismo moderno, escondendo-se atrás da barreira construída por ele próprio.

Ao projetar o arquiteto pode dar consciência aos moradores e visitantes de uma construção das possibilidades de ‘acesso’ criando demarcações territoriais através da articulação de formas, material, luz e cor, introduzindo determinada ordem ao ambiente. O grau de acesso demandado por um espaço deve orientar as escolhas do arquiteto.

Quem utiliza e é responsável pelo ambiente determina seu caráter da área que ocupa. Um ambiente estéril e sem vida pode representar um convite para uma decoração personalizada por parte de quem o ocupará, mas somente o espaço não garante esse tipo investimento. É necessário que o espaço ofereça oportunidades para a realização dos desejos pessoais e que a instituição dê liberdade para as pessoas manifestarem suas iniciativas. Assim é essencial que o arquiteto conheça a forma de gestão da empresa, seu organograma, seu funcionamento e as atribuições de cada cargo para que possa dar o grau de liberdade devido a cada funcionário em seu espaço.

Porém, infelizmente, a tendência atual aponta cada vez mais para a austeridade e impessoalidade nos ambientes de trabalho, que demonstram uma idelologia de limpeza, ordem e controle. Assim, os funcionários se submetem, na maioria das vezes passivamente, ao ambiente de trabalho, revelando seu medo e conformismo.

“Não pode haver aventura sem uma base para onde retornar: todo mundo precisa de alguma espécie de ninho para pousar.” (p. 28)

Casa do Baile - 100 anos de Burle Marx


Fotografar a Casa do Baile é um exercício de percepção de suas curvas, de suas cores e de sua leveza. Ao perceber como as curvas da casa exaltam as curvas da natureza podemos ver como o paisagismo oferece uma continuidade às ondulações da construção ou vice-versa.


Minha proposta ao montar o panorama da Casa do Baile foi ressaltar as cores do paisagismo e introduzir elementos da obra de Roberto Burle Marx, que completaria 100 anos em agosto de 2009.


A Casa do Baile faz parte do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, concebido por Oscar Niemayer e com paisagismo de Burle Marx, e foi inaugurada em 1943. O projeto procura integrar-se ao ambiente da lagoa e suas curvas. O elemento plástico da curva predomina a planta que se desenvolve a partir de duas circunferências que se tangenciam internamente.



Roberto Burle Marx (São Paulo, 04/08/1909 - Rio de Janeiro, 04/06/1994)


Filho de Cecília Burle (francesa/pernambucana) e de Wilhelm Marx (judeu/alemão). O sobrenome Marx nos lembra o filósofo Karl Marx e o parentesco existe mesmo, pois o Karl Marx era primo do bisavô de nosso Burle Marx.


Burle Marx estudou pintura na Alemanha e Belas Artes no Rio de Janeiro. Na universidade teve contato com Oscar Niemayer e a arquitetura moderna Brasileira, profundamente influenciados pela corrente francesa liderada por Le Corbusier.


O gosto pelas plantas e pela música ele herdou da mãe. Morando no Rio de Janeiro, cuidava com tanta dedicação do jardim de sua casa que chamou a atenção de seu visinho, o já consagrado arquiteto Lúcio Costa, que lhe encomendou o primeiro projeto em 1932.


Utiliza a vegetação nativa nacional e as plantas baixas de seus projetos parecem telas abstratas.


Além de paisagista, também foi desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, botânico autodidata, cantor e criador de jóias. Sua obra artística é reconhecida nacional e internacionalmente.


Quer saber mais? Achei este site bem interessante:


http://www.sefaz.es.gov.br/painel/bmarx01.htm