- o design;
- a capadicade lúdica;
- a capacidade de narrar histórias;
- a simpatia;
- a empatia;
- e o poder de encotrar significado em diversos aspectos da vida e do trabalho.
Essas habilidades são desenvolvidas no lado direito do cérebro e são baseadas em motivações intrínsecas, ou seja, são atividades que as pessoas realizam pelo prazer e pelo desafio que representam. Isso significa que lidar com os sentidos e com a estética são valores cada vez mais procurados. Ele define essa nova era como uma era onde os padrões se tornam mais subjetivos pois a arte de inventar é difícil de mensurar e ainda não foi automatizada.
O exercício proposto na aula de Psicologia, Percepção e Forma (Design de Ambientes - 2º período) foi criar algo no plano, num papel A3, somente usando linhas e pontos, a partir de recortes de revistas de uma cor, criar algo. Ao lidar com formas, reduzindo-as em linhas e pontos, exercitamos o nosso lado direito do cérebro que, ao se deparar com uma fotografia se vê forçado a ver além da imagem, além da mensagem pretendida pelo anúncio da revista; se vê incumbido de transformar aquilo em alguma coisa diferente.
Acredito que o papel do designer, quer de produto, quer de ambientes, é exatamente esse: num mundo exaurido pela oferta material, encontrar, ou melhor, criar algo que seja mais atraente para todos os sentidos. A funcionalidade já não é um pré-requisito, todos os produtos devem ser funcionais, mas o que irá diferenciá-los é o valor estético, é o quanto ele é capaz de trabalhar com os órgãos dos sentidos. Segundo Bruno Munari, em seu livro Das coisas nascem coisas, que é importante projetar levando “em conta todos os sentidos do observador, pois quando ele se encontra perante o objeto ou o experimenta, sente-o com todos os sentidos; e mesmo que à primeira vista o objeto possa agradar, se não agradar também aos outros sentidos será desprezado em favor de um outro que tenha a mesma utilidade mas que, além de adequado na forma, é também agradável ao tato, tem peso correto, é feito de material adequado etc.” (p. 373)
Pegar linhas e pontos e transpor sua essência, dando-lhes formas e sentido requer esforço do nosso lado direito do cérebro, requer também desejo e persistêcia para fazer nascer algo inusitado, assim como o futuro sempre o foi para o ser humano. E para Daniel Pink o futuro será daqueles que olham para o mundo de um ponto de vista mais amplo e consegue estabelecer correlações sintetizando a realidade ao seu redor.